domingo, 20 de dezembro de 2009

Organizando memórias


Teve que fazer uma faxina no quarto. Naquele quarto, que quase ninguém vai, que guarda memórias e lembranças.
Tudo desarrumado. Decepcionante, ao seu ver, ter que passar uma tarde nublada de sábado com a tarefa de deixar tudo arrumado.
"Queria estar em outro lugar, não aqui", pensava. Mas era inevitável, e aquele acúmulo de livros, fotos e cadernos estava cada vez crescendo mais e mais. E a paciência da dona da casa diminuindo cada vez mais e mais. "É, vou ter que me conformar com isto" aceitou sem muita espontâneidade.
"Como conseguimos tal bagunça?", indagava sem paciência para si mesma. De um dia para o outro, o número de coisas no quarto havia duplicado.... coisa incrível.
E começou a organizar tudo. Primeiro quase nem olhava e classficava como algo útil ou não. Caso não fosse, ia para o lixo. Caso fosse, ela o separava.
E uma hora se passou. Ainda na mesma tarefa, se pegou surpreendida lendo um dos livros. "O Livro das Virtudes Para Crianças"... se lembrava bem. Seu predileto, sim, era aquele. Sua mãe o havia encapado com plástico para não se danificar com a ação do tempo... foi sábia ao pensar assim. O livro tinha aproximadamente 14 anos e estava inteiro, com todas suas figuras expressivas e detalhistas dramatizando mais ainda as histórias ali contadas. Lembrava-se de uma, que foi a que mais lhe marcou: Cinderela Indígena. Bonita, muito bonita.
Como era bom reviver tudo aquilo.
Pensar nas noites que dormia na mesma cama com a mãe e a irmã, tomando um sorvete de danone em baixo de um edredom fofinho. Adorava ouvir histórias... adorava senti-las. Pouco a pouco, ouvindo a voz da mãe, começava a sentir os olhos pesados. Sinal de sono. "Acho que ela [a mãe] ficava feliz quando ouvia um bocejo", talvez era verdade, criança pequena realmente não dá dencanso.
Colocou o livro na pilha (que já estava grande, por sinal) e voltou ao trabalho. Avistou um caderno velho jogado no canto. Lembrou-se instantaneamente: seu ano da 3ª série do ensino fundamental."Que preocupação eu tinha com canetas coloridas!" era um capricho só. Vários recados de parabéns da professora, e uma letra até que bonitinha pra idade que tinha. "Bons tempos", refletia.
Depois disto, encontrou cartas, fitas k7 (a maioria da Disney), fitas de música, fotos de pequena e livros que poderiam ser muito interessantes. Estes ficaram guardados e separados. O resto foi posto, por milagre, na prateleira.
Por fim sua tarde havia sido diferente e surpreendente. Nunca poderia imaginar que uma faxina de 4 horas lhe trouxesse tanta felicidade e saudade. Agora sim entendia de maneira verdadeira o significado de "nostalgia".

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

no Folhateen


Foi um livro que gostei muito, então resolvi escrever uma crítica. E não é que gostaram?
A edição foi nessa segunda, 14/12.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Surrealismo

Sempre gostei de coisas diferentes e que dão à imaginação um espaço livre, principalmente na arte. Tanto em artes plásticas quanto em literatura, o Surrealismo representa muito bem esse jeito de se expressar.
O Surrealismo combina o real, o psicológico e o abstrato. Os artistas que o seguem, como Salvador Dalí, René Magritte, Marx Ernst (nas artes plásticas) , André Betron (na literatura) e Luís Buñuel (no cinema), acreditam que a arte se baseia em superar os limites da razão e lógica, e assim ultrapassa as barreiras da consciência, conseguindo chegar a uma representação dos sonhos humanos.
Ou seja, esta nova expressão não se prende à chamada ditadura da razão ou dos valores sociais, como: pátria, família, religião, honra. A contrariedade, o humor e o sonho são fatores que, se utilizados, libertam o homem de sua ideia de existência utilitária.
Outra coisa interessante é que o Surrealismo se baseia na arte automática. É um despejo dos pensamentos e sentimentos do artista no momento, sem restrições. Não pense que isso é fácil de fazer, heh.
Entre outras coisas, aconteceram o Manifesto Surrealista, o FIARI, etc. No Brasil, o Modernismo aderiu traços surrealistas como uma de suas influências.
Uma marca do movimento é a forte presença de exposição de uma verdade psicológica em objetos comuns do cotidiano, quase sem importância, transformando-os em imagens que migram da normalidade ao irreal.

De Salvador Dalí e Philippe Halsman. Uma das minhas imagens prediletas. Acredite, isso é uma foto, tirada na década de 40, século XX (quando o Surrealismo estava no seu ponto mais alto). Depois de várias tentativas, 28 no total, conseguiram um resultado surpreendente: sem nem menos imaginarem que um dia ia surgir o photoshop.Obras de Vladimir Kush. O artista nasceu em 1965. Gosto muito das obras dele, possuem um tom romântico.
Outra do Dalí. Quem nunca teve que desenhar uma desta na escola? heh.

Bom gente, é isso.
Tava com saudade daqui!

beijo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Vendo o telejornal esses dias, vi uma mudança que com certeza está afetando e afetará pessoas que estão relacionadas com a parte elétrica de moradias, prédios, etc, e aquelas que querem comprar um novo aparelho eletrônico.
A novidade está causando muita revolta e, "conotivamente" falando, muito bafafá. Pessoas reclamando na reportagem do jornal que a mudança trará más consequências, que o prejuízo será enorme e toda aquela história.
Logo depois que vi, me lembrei diretamente de um outro assunto: a reforma ortográfica. É, causou muita revolta também, mas foi uma mudança necessária e muito bem estudada para ser feita. Não sei se teve muita repercussão na população em geral, mas quem ainda estuda e precisa fazer textos e documentos está tendo que se acostumar com novos hábitos, e, claro, deixar os antigos. (Pena que a reforma não fez nenhuma mudança em relação à crase, mas ok).

Reclamam mas não conseguer ver que a mudança foi realmente necessária. Os plugues novos uniformizaram a produção de tomadas, sendo assim mais fácil para o consumidor sobre qual comprar, né. Além disto, o risco de choques elétricos vai diminuir muito. A pessoa não entrará mais em contado direto com os pinos metálicos, o que acho muito bom, porque eu mesma já tomei muitos choques no computador, heh. O plugue se acomodará dentro de um "buraco" de 8mm a 12 mm de profundidade, assim não ficando exposto e também evitando a sua retirada acidental.

Credo Giovanna, que coisa mais chata de se falar no blog.


Eu sei, mas depois que vi a reação das pessoas em relação a mudança, fiquei preocupada. Em ambos os casos que citei, as pessoas ficaram bravas e revoltadas, pensando somente no presente: agora terei de mudar meu estoque, agora terei de estudar de novo, agora terei de comprar algo novo...
Acredito que mudanças existem e são feitas quando são necessárias. Principalmente essas, que envolvem milhões de pessoas. É prefirível se mover agora, mudar tal realidade que não é positiva, que ficar "confortavelmente" lidando com aquilo que é difícil e ruim de lidar.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chuá Chuá

A vista é de um marrom claro misturada com uma luz amena de cor amarelada. As nuvens estão a se mexer de forma furiosa e violenta no céu acima, tampando os raios do sol, que tentam, sem conseguir resultado, penetrar na camada espessa de gotícolas de água.
O vento penteia os cabelos e faz cócegas no nariz na menina que observa tudo aquilo com um olhar de admiração.

A sépia do ambiente faz com que tudo se torne uma grande foto antiga, onde o aconchego e a beleza estão mais presentes que nunca. Os imensos algodões dourados tomam formas de aparência sólida e forma distinta... uma se parece comente com uma grande pdra redonda cheia de rachos... outra com uma baleia, tão grande e tão bela que ao mesmo tempo que a garota tira o cabelo dos olhos para enxergar melhor, a imagem já desaparecia, como se o vento trouxesse lembranças daquilo que já ocorreu. Uma música se encaixaria perfeitamente na situação: "let the seasons begin..."
Não faz diferença se logo irá chover ou não.. o bom é sentir as costas sendo beliscadas pela grama quase macia e meio seca, e também sentir um sorriso aparecer pelo simples fato de poder estar sentada lá, sozinha, com ela mesma.

O vento aumenta agora e é possível ouvir as folhas do arbusto se mexerem de maneira uniforme e estalarem entre si. O céu está fervoroso, a cor muda, uma sensação gélida é encontrada no ar. Mais admiração é refletida na menina dos olhos.
E lá vem a sensação. Agora não é mais como um universo antigo, é um novo, agitado, melancólico. Um tom londrino é pintado no céu e a impressão é de que se está longe de casa, muito longe.
Agora o ar em correntes quase corta com minúscuclas gotas as mãos e os braços, desprotegidos devido estar vestindo um vestido. Mesmo assim, ela se sente feliz, feliz, diferente...

e então gotas grossas, duras e fortes começam a cair gradativamente, uma vez em seu ombro, outra em sua nuca. Depois, o gradativamente some, e a uniformidade é a palavra certa, onde quase não se dá para enxergar nada. O céu da noite agora está marrom, e pelo visto o tilintar de água durará a noite inteira.

E então, vai dormir.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

chega


chega!
chega de orgulho desnecessário, chega de timidez. Chega de medo, chega de ter medo de gafes, chega de ter medo de ser feliz. Chega de ser difícil, chega de sofrer à toa, chega de ser inacessível, chega de ser normal. Chega de ter medo, chega de recusar a saia xadrez. Chega de calça jeans, e chega de blusinha branca. Chega do básico, chega de ignorar. Chega de não admitir, chega de esperar, e chega de não fazer. Chega do estresse, chega do barulho! Chega de baladas sem graça, chega de pegação. Chega de não ser livre, chega de não se permitir. Chega de preferir o preto ao vermelho. Chega de preconceito, chega de cotas. Chega de não ser livre. Chega de fingir que não sente, chega de não se importar, chega de não chorar. Chega de não crer, chega de ser totalmente racional.
Chega de não viver.

é.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

É.. como dizem, chuva é bom pra ficar em casa. Nunca duvidei, porque, vá lá, minha vida não é tão agitada assim pra precisar sair sempre quando chove.
Afinal, andar de carro quando está chovendo ou fazendo Sol quase não tem diferença.
Já de bicicleta..
Hoje não fui à aula na escola, só iam ter duas. Todo mundo faltou, ainda mais com esse tempo preguiçoso.
Eu, lindinha, faltei na aula de inglês na semana passada. Acho que foi minha segunda falta no ano, mas mesmo assim, tenho que repor. E imagina qual é o único horário da professora pra aula ser feita? às 7h da manhã na sexta. Ok, aceitei sem reclamar (na semana passada), por não saber que ia chover, claro. Hoje acordei com o despertador igual nos outros dias, às 6h30. Me arrumei, e fui pra luta. Sério, acordar de manhã assim, com uma chuva sem parar, às 7h, ter só você mais professor na sala durante uma hora e trinta minutos, é sinonimo de sono. Muito sono!
Mas ok, a hora até que passou rápido, só li os textos de maneira lamentável (todos os dias acordo com a rinite atacada, ¬¬) com aquela vozinha vinda do nariz sem poder respirar.Aham, a gente vai levando, tudo pelo meu futuro..
Eu olhava pra janela, e a chuva não passava. Que inferno. Sempre amei a chuva, mas especialmente hoje era um obstaculo enorme. Olhava pro relógio. 8h15. Acho que em 15 minutos para um pouco..
Pra que. Parou um pouquinho, depois ficou mais forte ainda! e eu de bicicleta, com meus livros dentro de uma bolsa, que fala sério, parece mais uma sacola de feira (isso é que dá seguir a "moda"), que eu tinha que por no guidão. Ah, sem falar que minha bicileta é maravilhosa. Quando ando nela, faz um "nhé nhé" irritante. Aquela coisa não tem marcha, e quase também não tem freio.. Caramba..
Enfim, minha teacher percebendo o meu "desespero"e quis me ajudar e emprestando uma capa de chuva enorme e amarela. Era melhor do que se molhar toda.
No final vi que a capa nem adiantou, eu parecia um pintinho molhado amarelo em cima de uma bicicleta vermelha que fazia "nhé nhé" com uma pseudo bolsa de ombro no guidão e com o capuz da capa, que nem deixava eu ver os lados.

(adicione uma bolsinha chata no guidão)
Ahm, quem disser que eu não me esforço pelo estudo, eu dou um soco. Na boa.
E quem disser que a juventude de hoje tá muito pior que a de antigamente, dou outro.

Fala sério, hoje nos acabamos de tanto estudar. Fazemos inglês, espanhol, computação, se der tempo música, estudamos 3 horas além da escola pra passar no vestibular, temos que fazer o serviço de casa, cooperar com as compras do mercado e ficar pedindo esmolinhas pros pais (claro). Ir na missa todos os domingos, dormir às 22h pra acordar cedo no outro dia. Ser tachados de demoníacos se ouvirmos metal, e de normais por ouvir pagode...

E depois dizem que a NOSSA juventude está perdida? Por favor! Talvez meus pais fizeram muito mais loucuras antigamente do que meu grupo de amigos inteiro. E Tudo o que fazemos, dia e noite, noite e dia é cuidar do futuro. Tudo mesmo.

hoje to revoltada!
e minha rinite piorou.
Obrigada por me ouvir, ou ler, ok.
bjs.


(e ah, mãe, me dá uma dessa?)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A trama da internet

"A internet ao mesmo tempo que aproxima pessoas distantes, distancia pessoas próximas", refletiu Pedro.
Estava num banco de uma praça, numa terça ensolarada às 15h. A paisagem era de um azul radiante adicionado à um verde que se movia e fazia barulho, sendo encarnado em folhas de árvores. O piso da praça era de cor meio suja, tendo várias rachaduras e também matinhos e galhos entre as frestas. Olhava profundamente para as mãos e os pés(que vestiam tênis). Seu cabelo se mexia um pouco com o vento, e sua camiseta preta já surrada acompanhava a brisa.
Mas ele nem percebia esses detalhes. De tão imerso em seus pensamentos, mal via quem passava. Estava em outra dimensão... até ficava um pouco atordoado com aquilo. Mas finalmente "aquilo" tinha lhe afetado, e não sabia como escapar, tamanha era a sua culpa.
Nos últimos seis meses, tinha passado de 8 à 12 horas por dia no computador. A maioria do tempo gasto para nada servia, era puro lixo digital, e como podemos perceber, totalmente inútil. Mas mesmo assim, quando entrava naquela atmosfera, nada o fazia querer sair daquele lugar. E quando saía, nada queria fazê-lo lá voltar... ficava se remoendo arrependido por ter perdido mais momentos de sua vida dentro de uma tela. Mas continuava a fazer isso, todos os dias, após voltar às 13h do trabalho qua fazia há mais de 5 anos, e que nunca havia subido de cargo.
Uns diziam que era pura má voltade. Outros, que havia se tornado um viciado. E ainda alguns achavam que Pedro havia nascido para empacotar produtos ao lado do caixa do super mercado.
Mas Pedro, que já estava com mais de 23 anos nas costas, sabia realmente o que estava acontecendo com ele. Diferente de outros, ele assumia o que lhe viciava, mas mesmo assim não tinha forças para lutar contra.
Certo dia, teve uma briga horrível com sua mãe. Saiu chorando. Acabou indo sentar em um banco de praça, onde ficou a refletir.
Pedro se viu em um precipício. Podia tanto pular para o fim quanto voltar e restaurar um começo. Pena que a segunda parte era muito difícil, muito mais que a primeira (esta era momentânea).
Também achou outra comparação... era como uma bixiga velha de festa, murcha, abandonada, que já tinha presenciado o sabor da beleza e admiração, mas que agora era tomada por opacidade e timidez.
Concluiu então que era um homem sem quase nada. Morava com os pais e só ajudava em algumas despesas. Não tinha mais sonhos, já que seu tempo era ocupado pela tal "máquina". Via rostos iguais todos os dias, e começou a (finalmente)se cansar daquilo, se perguntando e revendo toda a sua trajetória até então.
A última namorada que teve foi aos 18 anos, e ela não gostava muito dele. Ele a amava, e ela o traiu. Deve ser por isso que Pedro amava tanto o seu computador... lá ele não lembrava de suas mágoas, e também não se via obrigado a se cuidar tanto pra chamar atenção de alguém.
Ouvindo um cantar de pássaro, lembrou que já tinha feito aulas de guitarra, e que sua mãe tinha lhe dado uma. Depois de um mês tocando, ele a abandonou, achava que não servia pra tocar (nem ao menos havia tentado direito).
Em resumo, Pedro percebeu que não dava sustância às coisas que criava. Era realmente muito criativo, tinha uma mente fértil, mas mesmo assim, nenhuma inspiração. O que fazia com que ele nunca terminasse aquilo que começava.
E então, todos seus pensamentos que passaram em um flash de segundos o levaram a conclusão que tinha que estudar. Pegar num livro de verdade. Num livro racional.
E quando fez isso, sentiu o cheiro da folha vinda da madeira, se entregou. De verdade. E lá mergulhou de cabeça naquilo que era mais real to que tudo que vivera.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tempo de mudança

Sim, eu amo o país que vivo, com as suas belezas e cultura, com sua liberdade e seu otimismo. Mas lamento que esse otimismo seja forte demais, em excesso demais. Todos falam que tudo em grande quantidade (ou pequena) faz mal, e que é preciso achar um equilíbrio entre as prioridades, virtudes, emoções, alimentos, estudos, atividades físicas, etc., para se viver bem.

O otimismo não foge disso. Já escutei, escuto muito, e admito que já tive a mesma ideologia :“No fim tudo vai dar certo”. Mas hoje, chego a pensar que em alguns casos é a pura e simples preguiça que nos bate a porta.

Preguiça de regaçar as mangas em relação a algo que está acontecendo errado. Só se reclama, e nada se faz.

O otimismo está presente no pensamento (o que é muitíssimo importante) e a iniciativa presente nos atos. E o que muda, são os atos. Só que não pode ser o ato de um cidadão entre milhões, tem que ser de toda a sociedade. Hoje aquele que se manifesta contra algo errado, é interpretado como quem quer chamar atenção.

Mas por quê? Por que pensamos que se manifestar contra algo é a tentativa de atrair todos os holofotes à pessoa? Isso não é difícil de ser respondido: oportunismo, a banalização de um fato, a chance de se poder mostrar como alguém sensível e, ao mesmo tempo, de iniciativa é agarrada na mesma hora, pela falta de maturidade de alguns.

Problemas familiares abertos à mídia, e consequentemente à população, são tratados com muita importância (não que não sejam dignos disso) por gente que nem ao menos tem um vínculo com a situação. O fato, que antes era tragédia, vira piada, sem ter um pingo de respeito ao que aconteceu e principalmente, tomando conclusões precipitadas sobre os envolvidos que são difamados por gente que nem ao menos entende o contexto em que o fato acorreu.

Multidões entram em choque com aquilo que aconteceu com o outro, mas não entram em choque com aquilo que lhes é presente no cotidiano. Devem suportar a ação de pessoas que possuem suas mentes opostas àquilo que é certo e atingem de maneira totalmente negativa aqueles que agem nos conformes de uma sociedade justa e equilibrada.

A primeira desculpa de tudo isso é o governo. Porque o governo é isso, o governo é aquilo e ele não ajuda a população a se livrar das diferenças sociais e violência. Sim, mas aqueles que constituem o governo são também partes da população, foram criados como o resto da população. O presidente já foi um menino que estudou em escola pública, o ministro já conviveu (ou convive) com a violência. Mas nada fazem para mudar isso.

Chega na 8ª série, ou 9º ano, o assunto da ditadura militar em história. É fascinante vermos que já houve gente no Brasil que tentou (e conseguiu!) mudar os rumos da política. A causa foi vestida por uma grande parte da população que se mexeu e conseguiu aquilo que queria.

Estou insatisfeito com aquilo que me rodeia, e tenho motivos mais que claros para isso, vou tentar mudar. Não quero viver em um mundo tomado por gás carbônico, vou plantar uma árvore. Quero mais solidariedade, então vou ser solidário. Quero mais educação, vou ajudar a quem precisa. Poxa, eu, você, nós somos a população, não somente o governo. Nós somos a maioria, nossas atitudes refletem a nossa vida, o nosso equilíbrio.

Eu vou tentar mudar, vou fazer o máximo que posso para melhorar onde vivo, e se possível até mais. Será que existe alguém tão ruim assim para querer mudar esses planos?

sábado, 8 de agosto de 2009

Oportunismo que vale ouro


Quinta-feria, dia 6 de agosto de 2009. Pessoas do mundo inteiro entram em pane: o twitter não está funcionando! PAROU!
E o mistério, que depois de 3 horas e 17 minutos, começa a ser discutido. Por que aconteceu isto? POR QUE?!
Hoje, vendo o twitter, vi uma mensagem da Super, que dizia o por que da pausa desse:
no dia que Michael morreu, o twitter e google travaram, porque foram mandadas muitas mensagens em relação ao rei do pop. Então, o twitter interpretou o caso como se todas essas mensagens fossem mandadas por um hacker, ou seja, seriam vírus.
Vendo isso, há uma teoria que uns hackers super informados e espertos tenham observado a situação e compreendido que esses sites (facebook, twitter, google, etc) possuem falhas e podem parar. O ataque, em vez de ser feito por motivos financeiros (consultar e ter acesso à senhas de bancos, por exemplo), pode ter sido feito por motivos ideológicos, já que só fez com que os "endereços" saíssem do ar.
Mas, você, twittero, que possui também um perfil do facebook e não vive sem a "ajudinha" do google, se acostume: esses ataques podem acontecer a partir de agora mais ainda.

é isso
bjsmil

sexta-feira, 31 de julho de 2009


Tensão: após um longo dia no centro da cidade, a criança espera anciosamente pelo seu grande prêmio. É algo que vai REALMENTE valer a pena! Ela "trabalhou" o dia todo por isso, e, acredite se quiser, repitiria isso sempre. Mas acha que pelo fato de não ter muitas oportunidades para isso a situação se torne tãão especial.
É numa tardezinha. Tá um calor dos infernos, ela está de cabelo meio arrepiado num rabo mal preso, ainda com o uniforme escolar (azul e branco), claro, e levemente cansada. A mãe que dirige o carro com vidros fumê, mas que mesmo assim deixam a luz solar penetrar nos assentos, para em frente a uma loja de conveniência. AH, a loja de conveniência... que sonho. Lá é tão bonito, tem gibis da mônica, revistas Disney Explora e, o melhor de tudo: os docinhos mais master ever gostosos.
Mas nenhum docinho supera aquele que ela tanto quer. Aquele que ela trabalhou muito pra ter como recompensa (como dito a cima). Só de ver a cor da embalagem, seus olhos brilham! Aquele alaranjado combinado com o branco, junto com letrinhas coloridas no alumínio na forma super legal de um mini ovo totalmente frágil... sim, é o kinder ovo, que além de ser feito de leite, ter duas cores (marrom e branco), e ainda vem com o maior motivo da admiração: um BRINQUEDINHO!
O tão aguardado brinquedinho, que depois seria anexado à sua enorme coleção de miniaturas. Mas espere, ela preferia maximizar o prazer que o tal do kinder ovo proporcionava: primeiro abria o ovinho com o maior cuidado do mundo para que não rasgasse o papel; depois, separava delicadamente as duas partes de chocolate e comia a primeira calmamente, usufruindo todo o sabor vindo daquela finíssima camada. Depois, passava para a outra parte, e sentia um pouquinho de tristeza, porque logo ia acabar. Mas deixava isso pra depois, e repetia o processo da primeira na segunda. Era um delírio.
E finalmente, a parte mais esperada de todas. O tubinho laranja quase a chamava: "venha me abrir, e brincaremos pra sempre!" e ela pedia para a mãe que abrisse, porque não conseguia. E a tensão aumentava, a expectativa era enorme, seus olhos brilhavam, a mãe demorava e....
tcharam!



Um quebra-cabeça de papel.


Pois é, a decepção pode estar até dentro de um kinder ovo, que deveria fazer o encerramento do seu dia simplesmente lindo, impecável e CHEIO de descobertas. Mas não era assim. A mãe tinha pagado 2 reais* em uma lasquinha miserável de chocolate só por causa da "surpresa" e o que faziam? Mandavam um quebra-cabeça idiota. E isso a deixou nos nervos, e prometeu que nunca mais ia comer o doce, mas claro que isso não foi válido pra quando o kinder ovo virou um super ovo de páscoa.

* o kinder ovo, atualmente, custa R$ 4,50.

sábado, 11 de julho de 2009

A questão é

se eu posso realmente expressar tudo o que sinto. Essa é a questão. É melhor guardar pra mim?
Lágrimas são pesadas, instensas e marcantes. Elas caem de um jeito que cortam e ao mesmo tempo amaciam a pele, pois formam rastros molhados que quebram a sintonia que o rosto se encontrava. E é esse choque que causa mais lágrimas. E mais tristeza.
Esse momento é meu. E é tão bom.... na minha fraquza descubro como sou, meu ponto, com o que me magoo, com o que fico feliz. Me decifro.
Esse momento tão intenso, pessoal, individual é de tirar o fôlego, mas sem dúvida me deixa com um peso muito menor nas costas. E essa sensação de alívio produz uma alegria boba, depois transformada em sorrisos solitários e verdadeiros. E pode ter certeza : esses são uns dos melhores tipos de sorrisos, pois são formados a partir da descoberta do meu "EU" e a minha identidade. Não a dos outros. E o melhor: ele só acontece quando ocorre relação de amor e amizade, ou ambos juntos, com um amigo.

aqui é um trecho de Elizabethtown, um filme que gosto muito e que me marcou muito. A parte que mais de lembrou esse post foi a que Drew (Orlando Bloom) fica sozinho no carro com o pai. Espero que gostem
bjs
gio

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Vídeo - Vida em Stop motion

gostei muito desse vídeo, é uma propaganda da OLYMPUS, mas é super interessante. Foram tiradas 60 mil fotos, impressas 9600, e essas, fotografadas mais 1800 vezes.

terça-feira, 7 de julho de 2009

No mundo Teen


Ah, no mundo malhação, tudo que é difícil é fácil, e tudo o que é fácil, é difícil. No mundo dos sucessos teens, a realidade é cor-de-rosa. O mocinho é sempre um cara estranho, absurdamente lindo, e desacreditado, que encontra uma menina que não é pop, e se apaixona por ela (já que ela é diferente das outras). No mundo teen, não existe o sexo, nem palavrões, e muito menos drogas. Os adolescentes frequentam igrejas e respeitam os pais (mesmo gastando milhões em shoppings, comprando sapatos, roupas, bolsas, e etc.). A menina, ou o menino, recebem uma lição de moral de quem nem conhecem, e se marcam com isso. No mundo teen, a patricinha é a descolada, e o boyzinho que depende da carona dos pais é o garanhão. No mundo teen, os livros são perda de tempo e causam dor de cabeça, a tv só serve para coisas fúteis e as músicas são cantadas por mulheres que possuem somente o corpo perfeito. No mundo teen, "azaração"é a palavra da vez, e falar "chato", pintar o cabelo e por um piercing é sinonimo de rebeldia. No mundo teen, os diferentes são tachados de nerds, e o resto é tachado de burro pelos mais espertos. No mundo teen, quem não tem dinheiro pede para o pai parar na esquina. No mundo teen, beijar 20 pessoas em uma micareta é normal, até quando você ama outro alguém. No mundo teen, os jovens são lobos em pele de cordeiro. No mundo teen, o desodorante é cor-de-rosa, e o crocs significa que você tem espaço na escola. No mundo teen, a cópia é normal, a traição é cotidiana e as ''panelinhas'' são impermeáveis. No mundo teen, as pessoas usam e abusam uma das outras. E sempre tem um alguém que sofre com isso. No mundo teen, os seriados são só interessantes quando há muita briga e rostos bonitos. No mundo teen, o que se acha feio se esconde, e o que se acha bonito, expõe o feio. No mundo teen, notas altas são consideradas como perda de tempo, e ficar de recuperação é curtir a vida. No mundo teen, as pessoas se limitam. No mundo teen não existem diferenças, só semelhanças. No mundo teen, a propaganda (rosa) é a alma do negócio. No mundo teen, os cabelos são prioridade, e vale até vomitar até desmaiar para ficar com o corpitcho do verão. No mundo teen, as meninas largam as barbies da infancia para se tornarem bonecas vivas na adolescência. Quando uma unha quebra, é motivo de choro. No mundo teen, se estressar é algo totalmente normal. E, quando o mundo teen acaba, acaba a fantasia, e a realidade bate na porta, e as pessoas se trancam de novo, como se não soubessem de nada.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mas que orgulho!

Hoje fiquei realmente feliz. Quem acompanha o blog do folhateen, viu o post sobre o curta Signs. E que alegria a minha, fui eu que indiquei pro Marco, editor do jornal, no chat do mesmo. E ah, vai ser publicado na segunda, no "câmera teen". Olha o link aí: http://blogdofolhateen.folha.blog.uol.com.br/
bjs bjs

quinta-feira, 2 de julho de 2009

02:15

Agora já é madrugada, e eu to aqui no pc ainda. Ficar com febre e dormir das 19h às 21h não é tão bom assim. SONO, cade? :( Tá difícil. To com dor nas costas, com os pés frios ( super preguiça de por meias) e mais: amanhã tenho um longo dia pela frente. E to apostando que o meu cabelo vai estar LINDINHO quando eu acordar. ¬¬
Mas ok, nada como viver um dia após o outro....
e ah, to com preguiça de por uma imagem. E ah de novo, meu blog tá com o horário errado, e ah mais uma vez, não vou arrumar (e nem sei).

bjs

O mesmo

O mesmo msn. As mesmas pessoas, as mesmas festas, os mesmos lugares, as mesmas decepçõezinhas. As mesmas roupas, as mesmas risadas, os mesmos motivos, os mesmo livros. As mesmas músicas. Os mesmos trajetos, os mesmos tênis, a mesma solidão...
A mesma vontade de mudar, e a mesma preguiça. A mesma esperança, e a mesma covardia. A mesma felicidade, e a mesma alegria. O mesmo cachorro, e o mesmo quintal. A mesma cidade, a mesma praça, as mesmas cores. Os mesmos cadernos, os mesmos professores. O mesmo frio, o mesmo calor, a mesma moda, os mesmos jeans. As mesmas fotos. Os mesmos passos, a mesma língua, o mesmo estudo, e o mesmo papo. O mesmo assunto...

Pegue o pombo!


Coitado do bixinho. Agora até o pobre do pombo está sendo usado como meio para a utilização de celulares por presidiários. É bem simples: o pombo só tinha que entrar lá voando e (não sei como) entregar o bendito celular para o criminoso.
Isso me lembrou aquele desenho que o Dick Vigarista junto com aquele cachorro com aquela risada que eu odiava (o Muttley) ficavam peseguindo um pombo-correio que levava informações sigilosas sobre a Primeira Guerra Mundial. Eu assistia de manhã na SBT, e creio eu que o nome do desenho se chamava "Pegue o Pombo". O mais engraçadinho era o quanto a "Esquadrilha Abutre" se desdobrava pra conseguir pegar o "mensageiro" através daquelas máquinas voadoras, muito bizarras e de formas totalmente estranhas e inusitadas. Claro que era impossível voar com aquilo, né.

fica aí o link pra o vídeo de "Pegue o Pombo" hahaha, divirta-se.
http://www.youtube.com/watch?v=bZZhyXV_hVw

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